Resenha - O Clã dos Magos
- Leandro Zapata
- 17 de mai. de 2016
- 2 min de leitura
Hey there,
Com uma escrita simples e um enredo tão simples quanto, O Clã dos Magos nos introduz ao universo da trilogia O Mago Negro, de Trudi Canavan. Nele conhecemos Sonea, uma favelada (este é o termo usado no livro; não me julguem) que mora na parte mais pobre de Kyralia, uma país fictício que é governado por um rei, mas cuja força realmente reside no Clã dos Magos, uma sociedade celetista de homens e mulheres com poderes mágicos controlados. Antes que de fato entremos no enredo do livro, vou explicar um pouco como funciona o Clã.

Liderados pelo mago supremo Akkarin (não confundir com Anakin, de Star Wars), o Clã seleciona entre as famílias mais ricas de Kyralia aqueles que possuem potencial mágico. Uma vez escolhidos, seu poder é desperto e eles passam por treinamento. Durante muitos séculos foi assim, já que as pessoas que moram nas favelas não têm muitas chances de entrar e seus ideais giram em torno de sobreviver ou, quando você não se importa em obedecer à lei, tornar-se um Ladrão. Estes, por sua vez, conhecem as favelas e os túneis que, às vezes, podem levar para dentro dos muros que separam os ricos dos pobres.
Sonea, então, durante uma revolta contra os magos, acaba descobrindo que possuí poderes mágicos ao ferir um mago desapercebido que estava atrás de uma barreira. Então, com ajuda de seu amigo Cery, ela passa a fugir do Clã com a certeza de que, se for pega, será morta – as pessoas da favela veem os magos como os grandes vilões, e de fato você compreende os motivos.
A primeira parte do livro gira em torno da fuga de Sonea que, ao pedir ajuda aos Ladrões, acaba sendo obrigada a tentar dominar seus poderes em troca da proteção deles – afinal, até eu iria querer um mago como amigo; imagine quantos lugares poderíamos entrar invisíveis. O único problema é que o livro tem apenas duas partes e, portanto, ficamos metade do livro acompanhando o corre, corre de Sonea. Sinceramente, eu não gostei muito dessa parte, apesar de que a autora intencionava nos mostrar todo o mundo em que criara levando a personagem de um lugar para o outro; no começo, é até divertido, mas a incompetência do Clã de encontrá-la chega a irritar.
Então, superando essa parte, chegamos à segunda parte, em que Sonea passa a morar com os magos e aprender a controlar seus poderes. Aqui, vemos um pouco da genialidade da autora ao mostrar para Sonea e para o leitor que nem todos os magos são ruins – apesar de haver alguns que gostam de manipular a situação. Também conhecemos a cultura e sistema dos magos, que é bem trabalhada e descrita. Os mistérios começam a aparecer por todos os lados, o que, para mim, é o que realmente prende o leitor.
Uma leitura rápida, apesar de assustar ao ver o tamanho o livro, o Clã dos Magos introduz bem a trilogia e eu não vejo a hora de ler a sequência para ver como a história se desenrolará.
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