5 Jeitos fáceis de melhorar suas habilidades em diálogos
- Jerry Jenkins | Traduzido por Leandro Zapata
- 1 de ago. de 2016
- 3 min de leitura
O mau uso dos diálogos pode interromper, ou, até mesmo, afundar sua história. Está pronto para sentir um laser apontando para suas habilidades de diálogo? Ótimo. Vamos começar essa conversa.
Um dos clichês da escrita de diálogos é sentir que precisa explicar mais de uma vez tudo que está acontecendo, como se o leitor não pudesse descobrir sozinho.
Eu, na verdade, li um livro em que a personagem dizia algo como “Prontamente, pontualmente, e precisamente” (o que foi engraçado e encaixava-se na personalidade do personagem), e o autor sentiu a necessidade de adicionar “ele disse redundantemente”.
Ainda bem que isso ficou claro.

Outros autores podem fazer seus personagens responderem uma discussão encalorada com um “sim” ou “não” ou um dar de ombros. Perfeito. Eu adoro aprender sobre um personagem dessa maneira. O personagem é um homem de poucas palavras. Mas é comum que o autor adicione um “evitando conversa fiada”.
Sim, eu entendi isso.
Se você cria um personagem que volta para conversas com frases como “Ah, eu estava imaginando...” ou “Eu não sei como te dizer isso, mas se eu, bem, vou dizer dessa forma...”
Nós entendemos. Nós entendemos que ele é tímido, nervoso, e está com medo de dizer algo errado ou de ferir os sentimentos dos outros. Evite a tentação de explicar. Não escrevam após uma frase dessa algo como “ela começou nervosamente, sem saber como tocar no assunto”.
Talvez se um deles disser “Há alguma pergunta por trás disso? O que você está dizendo?” Isso irá nos dizer tudo que precisamos saber. Você não precisa explicar adicionando “o idiota insensível disse”.
5 dicas para melhorar os diálogos em seus livros
1. Escute. Ouça as pessoas se expressando. Note as similaridades e diferenças culturais características. É o marido um velho patriarca ou sensível?
2. Observe. Veja como as pessoas a sua volta se comportam diferentemente de acordo com o quão confortáveis estão ao expressar si mesmo ou compartilhando segredos de família. Documentários de televisão capturam diálogos de estrangeiros, mostrando como as pessoas de outras culturas falam. No shopping, na igreja, em um encontro público – tudo pode ser um laboratório para escutar e avaliar.
3. Use “disse” e “perguntou” corretamente. Meu avanço favorito ao escrever diálogos – apesar de admitir que foi difícil assimilar – é descobrir que o verbo “perguntar” é sempre redundante: “Onde está o cachorro?’, ele perguntou.” A frase do diálogo é uma interrogativa, e termina em um ponto de interrogação. Não é redundante adicionar “ele perguntou”? Eu nunca mais usarei “perguntei” em frases como a anterior. “Onde está o cachorro?’, ele disse”.
Isso é tudo que você precisa. Sim, isso ocasionalmente irá chocar os leitores. Às vezes, alguns editores irão trocar para “perguntar” até que eles perceberem que fui tão consistente com isso que devo ter feito de propósito. Mais e mais escritores estão trocando “perguntar” por “dizer”, o que faz bastante sentido.
4. Leia o diálogo em voz alta. Quando você reescreve e melhora o seu texto, leia seus diálogos em voz alta e procure por problemas de ritmo. Seu editor – e seu leito – irão agradecer se o fizer.
5. Não tenha misericórdia com redundâncias. Não tenha misericórdia com redundâncias quando estiver escrevendo. Alugue um amigo ou contrate um editor para revisar especificamente seus diálogos. Às vezes, você é muito próximo de seu trabalho. Se houver um padrão de redundância que passou pelo seu trabalho, tome nota e adquira o habito de reinar os diálogos de seus personagens.
Você consegue.
Fonte: http://www.jerryjenkins.com/dialogue-writing-hints/
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